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Presidentes do Crea-PB e Crea-RN repudiam projeto que permite entrada indiscriminada de engenheiros estrangeiros no Brasil

Giucélia Figueiredo e Modesto Ferreira conclamam todas as entidades representativas da engenharia a se posicionarem contra o projeto

Nesta segunda-feira, o jornal Folha de São Paulo publicou matéria sobre a preparação do governo federal para o envio ao Congresso de um projeto de lei que “destrava o mercado da construção civil – imobiliário e de infraestrutura – para estrangeiros”. A notícia foi recebida com preocupação pelos presidentes do Crea-PB, do Crea-RN e entidades da Engenharia, que temem a escalada do desemprego na área.

Para Giucélia Figueiredo, abrir o mercado brasileiro indiscriminadamente à mão de obra estrangeira é um erro, especialmente se forem levadas em conta as justificativas dadas pelo governo para encampar o projeto. “Eles alegam que a Operação Lava Jato comprometeu a saúde financeira das empreiteiras brasileiras e a medida objetiva reverter a queda nos investimentos. Preservar os profissionais qualificados – que são muitos – e estimular a geração de empregos para os brasileiros é uma solução muito mais interessante, já que estimula não só o restabelecimento das empresas, mas a economia como um todo. O argumento de combater a corrupção não pode servir de pano de fundo para desmontar o nosso parque industrial nem nosso acervo tecnológico. Esse projeto tem caráter entreguista”, argumenta a presidente do Crea.

O engenheiro Modesto Ferreira, presidente do Crea-RN , lembra que levantamento feito pelo Dieese sobre o mercado de trabalho da Engenharia mostra que de 2014 a junho de 2017 houve demissão líquida (admitidos menos demitidos) de 50.433 engenheiros em todo o Brasil. “Diante dessa realidade, qual o sentido em penalizar os nossos profissionais, se os postos de trabalhos desse setor foram eliminados nos últimos anos, elevando o desemprego?”, questiona.
Além de convocar as entidades da Engenharia para se posicionarem contra o projeto, Giucélia Figueiredo e Modesto conclamam os parlamentares compromissados com a retomada do desenvolvimento econômico e social a votarem contra essa iniciativa do governo federal, que trará mais desemprego aos profissionais.

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