Ouvidoria

8 de março: a luta por direitos é todo dia!

8 de março é mais um dia de luta das mulheres trabalhadoras. Isso porque todos os dias as mulheres travam duras batalhas por condições dignas de trabalho e igualdade de salários, oportunidades e direitos.

Avançamos em certa medida, mas é preciso mais. Além de ações afirmativas é preciso comprometimento na formulação e efetivação de políticas públicas. Esta agenda contempla uma série de prioridades como a melhoria da qualidade do transporte público, da iluminação, de hospitais, creches e escolas, criação de lavanderias comunitárias, ampliação das licenças maternidade e paternidade, a garantia da licença parental, redução da jornada de trabalho para 40 horas, fortalecimento de programas de médicos da família, combate ao racismo e à homofobia e defesa da Lei Maria da Penha.

Estas iniciativas contribuem não apenas para a luta por direitos e oportunidades das mulheres, como também de todo o conjunto da sociedade. No entanto, para que a disputa por uma pauta comprometida com a emancipação das trabalhadoras e dos trabalhadores, é central que o país passe por uma reforma política popular com participação social. Isso significa ocupação dos espaços de poder por mulheres, indígenas e negros, o fim do financiamento privado de campanha e a defesa da democratização da comunicação, como forma de afirmar narrativas inclusas em defesa dos direitos humanos. O atual Congresso Nacional – composto por apenas 10% de mulheres – tem hoje uma das bancadas mais conservadoras desde 1964 com maioria representada pelos setores oligárquicos da sociedade: latifundiários, fundamentalistas e militares.

As mulheres brasileiras são maioria na população e a ocupação dos espaços de poder só se dará com participação popular e com luta por políticas públicas que promovam a igualdade. O aprofundamento da democracia brasileira exige igualdade de gênero e comprometimento com a agenda dos direitos humanos.

Seguiremos, homens e mulheres, de braços dados na luta pela construção de um Brasil soberano, justo, fraterno e igualitário. Reforma política já!

Coletivo de Mulheres da Fisenge

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