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Crea-PB emite nota sobre a crise energética nacional

A crise energética no Brasil é um assunto que preocupa não apenas a população, mas as instituições políticas, educacionais, comerciais, e outros setores da sociedade. Sobre esse problema, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (Crea-PB), através da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica (CEEE), divulgou uma nota que aborda o assunto, e faz uma análise da situação nacional.

A Crise Energética Nacional, e os novos tempos

O setor elétrico brasileiro desde 2012 vem sofrendo com a postura, assim como a omissão das autoridades constituídas, em função de decisões postergadas para o Setor Elétrico Brasileiro. A frustação com a participação desastrosa da seleção brasileira de futebol na última copa do mundo, bem como as expectativas para as eleições presidenciais, foram ingredientes usados para camuflar o que era evidente, em relação a crise hidrológica no Brasil que já se instalou.

Com os problemas conjunturais vivenciados, obras foram paralisadas, a maioria das fazendas eólicas concluídas, porém ainda fora de operação, renovação das concessões, foram fatores decisivos para possibilitar a crise energética, com sério impacto no orçamento doméstico dos cidadãos, principalmente às famílias com menor poder aquisitivo.

É oportuno destacar que a majoração das tarifas de energia elétrica, tradicionalmente era definida anualmente pela Aneel, através de acompan- hamentos mensais, controles da eficiência da gestão e indicadores de qualidade.

Durante o inicio de 2015 entrou em operação as bandeiras tarifárias para a antecipação de receitas ás concessionárias e alguns aumentos na tarifa para ressarcimento aos cofres públicos, visando pagar contas já realizadas e equalizar a contabilidades das empresas que detém as concessões.

O Sistema Elétrico Brasileiro (SEB) é formado basicamente por geração hidráulico 72%, térmico 21% e os demais formam a matriz energética brasileira. Diante destas constatações, comprova-se a grande dependência de chuvas, ou melhor, da intervenção de São Pedro para amenizar esse grave problema.

Um dos fatores que determinaram o reconhecimento pela Aneel para as novas tarifas de energia foram os baixos níveis dos reservatórios das usinas hidrelé¬tricas, em consequência, vem provocando o acionamento das termelétricas “emergenciais” existentes, mesmo as mais caras, em função dessa necessidade premente.

Diante de tantas variáveis, é prudente que o MME e a Aneel aproveite o momento crítico vivenciado para incentivar a sociedade a usar energia com parcimônia e desencadear incentivos ao uso eficiente da energia elétrica, bem como repensar o modelo atual para colocar o gigante nos trilhos.

Percebe-se facilmente que a maioria das decisões originadas dos setores competentes, tem deixado a população incrédula, uma vez que a economia tem dado sinais de descontrole, escassez de água nos reservatórios para uso diverso, postos de trabalho em baixa e combustível em ascensão, são os novos tempos.

Finalmente, deve-se realçar que além dos problemas internos na economia nacional, deve-se buscar o entendimento, convocando as entidades de classe a participarem deste momento crítico, particularmente as Universidades e os CREAs como vetores pontuais do povo brasileiro.

Á Coordenação da CEEE
CREA/PB

Fonte: Dani Rabelo (Ascom/Crea-PB)

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