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Internet e juventude rural: conectados para a sucessão no campo

O Dia da Juventude Rural, celebrado em 15 de julho, traz reflexões sobre os desafios e as soluções para quem planeja empreender e inovar no campo.

Os dados da PNAD Contínua do IBGE, de 2022, mostram um grande avanço no acesso à internet nos últimos anos, principalmente no meio rural. A porcentagem de pessoas com acesso à internet subiu de 32% para 78%, entre 2016 e 2022, uma ampliação de 144%. O crescimento do número de pessoas que faz uso da internet nos domicílios rurais, desde 2016, foi mais expressivo no Sul e Centro-Oeste, onde estão também as melhoras “taxas de cobertura”: nestas regiões, apenas 15% dos domicílios não tinha acesso efetivo à internet em decorrência da indisponibilidade da oferta do serviço na área.

No setor do tabaco, os números são ainda mais expressivos. Pesquisa do CEPA/UFRGS, realizada em 2023, apurou que 92,1% dos produtores de tabaco da Região Sul do Brasil possui acesso à internet na própria residência; e 1,6% tem acesso à Internet em uma localidade próxima (associação ou clube, por exemplo). O acesso à Internet viabiliza a participação dos produtores de tabaco nas diversas redes sociais. Na Região Sul, quase 95% desses produtores participa de alguma rede social: WhatsApp e Facebook estão entre as mais utilizadas, com 98,9% e 84,6%. Já Instagram e Youtube são utilizadas por 37,8% e 24,1% dos produtores, respectivamente.

Os dados apontam que o uso da internet tem crescido entre os produtores rurais brasileiros, mas será que isso altera o contexto da sucessão no campo? Do uso de softwares e programas específicos para a gestão da propriedade à utilização de novos equipamentos ou técnicas que reduzam o custo da produção, a internet traz inúmeras facilidades, mas ela também torna ainda mais importante a busca por qualificação e atualização sobre novos equipamentos e tecnologias disponíveis para a propriedade.

“Mais do que conexão, para que a juventude rural queira permanecer no campo ela precisa de oportunidades de qualificação voltadas à sua realidade.”, comenta Iro Schünke, diretor presidente de instituto que tem ofertado renda e aprendizagem profissional aos adolescentes do meio rural.

Michele Dzindzny, educadora social do Programa de Aprendizagem Profissional Rural do instituto em São João do Triunfo (PR), conta como o convívio com os aprendizes e a identificação com suas realidades têm sido inspiradoras. “Por meio do curso, os aprendizes têm oportunidade de relatar suas vivências e a pensar em melhorias. A gente pode ver o orgulho que sentem em falar das suas comunidades, o respeito pela agricultura e demonstram notar as oportunidades que o meio rural oferece. Para nós, um município pequeno que tem como carro-chefe a agricultura, principalmente através da cultura do tabaco, o Instituto significa novas chances para o jovem rural”, comenta.

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