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Desafio futuro: planejamento urbano e ecoeficiência

A mudança do modelo de desenvolvimento das cidades brasileiras se tornou um desafio inadiável; a tônica é adensar os vazios urbanos, promover o uso misto e reduzir os deslocamentos

 

Acervo pessoal
‘Do ponto de vista ambiental, a capacidade de suporte do ambiente em que vivemos já está em muito superada. Temos que recuperar as áreas centrais e atrair de novo a população para essas áreas’
Wagner Ribeiro professor do departamento de geografia e do programa de pósgraduação em ciência ambiental da Universidade de São Paulo

É comum ouvir de profissionais do mercado imobiliário que construir nas grandes cidades está cada vez mais difícil. Os terrenos são escassos, os custos elevados e as restrições, crescentes. Mas também é verdade que são nessas cidades que estão a maior pujança econômica e o maior déficit habitacional do Brasil. Se o desenvolvimento urbano impõe desafios, ele abre também novas oportunidades para empreendedores que estejam dispostos a se adaptar às mudanças, e a maior delas certamente será a inversão da lógica de crescimento que perdurou nas cidades até agora.

Desde 2007, a população urbana no mundo superou a população rural, e estima-se que até 2050 cerca de 75% das pessoas estarão vivendo nas cidades. No Brasil, esse índice já é de 84,35%, segundo dados do censo de 2010. Por isso, o professor de projetos urbanos do Mackenzie, Carlos Leite, classifica as metrópoles como o grande desafio estratégico do planeta neste século: é nelas que se concentram 2/3 do consumo de energia mundial, 75% da geração de resíduos, e um processo intenso de esgotamento dos recursos hídricos. Somam-se aí problemas mais visíveis no dia a dia, como a (falta de) mobilidade, a poluição e a violência. As cidades brasileiras pagam, hoje, o preço do crescimento desordenado, da exclusão social e da priorização do carro como meio de locomoção.

Em resposta, começa a ganhar força no País a demanda por uma cidade mais eficiente, justa e humanizada. ‘A agenda da cidade sustentável chegou ao Brasil, e chegou com força nos últimos três anos. Antes, esse era um assunto que se discutia pouco e só entre especialistas, hoje, é uma pauta recorrente na grande mídia, no mercado, nas empresas e nos cursos’, afirma Carlos Leite.

 

Fonte: http://construcaomercado.pini.com.br

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