A presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba , engenheira Giucélia Figueiredo, a Delegada da Mulher, Maysa Félix, e o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil – Sintricon, iniciaram, na última terça-feira (10), um processo de palestras em canteiros de obras , onde irão expor a Lei Maria da Penha e as ações de enfrentamento à violência contra a mulher. As palestras estão acontecendo nos próprios canteiros de obras.
A presidente do CREA-PB, Giucélia Figueiredo afirma que a violência contra a mulher ainda é uma ferida aberta no Brasil. Ela destaca que apesar de dispositivos legais importantes, como a Lei Maria da Penha, ainda é preciso avançar nas políticas de enfrentamento a esta realidade, que é bastante cruel contra as mulheres.
A fala de Giucélia vai na mesma direção de estudo divulgado na terça-feira, que confirma o crescimento da violência contra a mulher, especialmente na Paraíba. Segundo o Mapa da Violência 2015, a Paraíba é o 2º estado mais violento para as mulheres. Em 10 anos, de 2003 a 2013, as taxas mais que triplicaram, saltando de 35 em cada 100 mil habitantes para 126 homicídios em cada 100 mil habitantes. Estes números representam um aumento de 260%.
Para a primeira mulher a presidir o CREA-PB, é preciso investir nos mecanismos legais, mas acima de tudo, buscar incessantemente o rompimento da cultura do machismo e da violência, o que pode também ser feito de forma educativa, orientativa. “O caminho para o fim da violência contra as mulheres, sem dúvidas, passa por momentos como este. Participar desta reunião me emocionou e me impulsiona para contribuir cada vez mais com ações de cidadania desta natureza. Estamos, desta forma, combatendo a violência com o diálogo e a fraternidade, buscando a conscientização e, por consequência, a prevenção. O CREA estará sempre presente em ações como esta, contribuindo com a construção de uma cidade sustentável econômica e socialmente “, concluiu Giucélia Figueiredo.
